sábado, 4 de junho de 2011

BASTIDORES DA TRANSFORMAÇÃO


BASTIDORES DA TRANSFORMAÇÃO
(Júlia Séccolo)

                         
Quando se quer e se deseja  a mudança, grande barulho interno começa emergir e remexer nossos espaços internos, querendo saltar para fora através dos olhos, da boca, dos ouvidos... Sons, vozes, falas, simbioses intermitentes de emoções, gritos que calam a irreverência do grande momento da decisão certa ou não? Sinais significativos que querem se manifestar. Afinal, é uma tremenda transformação que vem se processando e ocorrendo de forma catártica buscando uma orientação externa para sua vida neste instante. Mudanças estas localizadas nas  dimensões afetivas, profissionais, físicas, psicológicas e pessoais. O que fazer então?
                                      O homem parte em busca de alimento. Temos certeza que queremos a mudança, afinal é uma necessidade premente que teima em aparecer e nos inquietar. A dúvida também surge em contraponto querendo nos confundir. Ai então aparece as vozes, aquelas que não se calam: mas o que  você realmente quer? Será que vai dar certo? Você é louca? Vai desconstruir uma vida para se arriscar noutra? E a zona de conforto?
                                     A única certeza que temos é a de que buscamos  algo melhor para as nossas vidas, em todos os planos. Não sabemos ainda exatamente o quê. Mas não importa. Os conteúdos, as informações, as atrações se fazem e se interagem por si só. Formas, pensamentos, comportamentos que emergem do  inconsciente, pedindo reconhecimento e aceitação. Nesse labirinto sistêmico, como uma grande conexão nervosa e pontual, nos enveredamos responsavelmente a investigar o nosso  universo interior a  partir das nossas experiências de vida e necessidade de crescer e ampliar nossa consciência acerca de nós mesmos e  do mundo ao nosso entorno.
                                 Sabemos que a mudança é gradativa. É preciso  romper laços com bens mais profundos vinculados a uma vida construída em cima de raízes seguras e confortáveis; desapegarmos de bens materiais mas que agora já não nos alimentam mais.
                                  Partirmos  em busca de novas experiências e necessidades. Temos espaço para vivê-las, vivenciá-las e compartilhá-las.
                                Temos fome de aprender e expandir nosso universo de conhecimento, à medida que evoluímos. De forma criativa, expressiva e singular permitimo-nos entregar por inteiro naquilo que fazemos tornando-nos presente, completo, absoluto e feliz.
                               Será que a felicidade é um estado adquirido? Podemos estar sempre felizes?

                             Saímos dos bastidores para encontrar a nossa consciência, real, material, exigente. O diálogo interno precisa existir para dar prumo e orientação ao futuro. O ir e vir de emoções, sensações e percepções devem criar um corpo de luz forte, amadurecido, flexível e generoso dentro de nós. A sensibilidade, a humanidade e o amor são propriedades de valor que preenchem nossa identidade, modificando nosso comportamento e  elevando nossa alma. O homem se eterniza pelos seus bens valorativos  construídos e compartilhados  com os outros homens.
                             Meus caros seguidores: Quais valores podemos  compartilhar com o outro de forma a melhorar o nosso espaço e  a nossa qualidade de vida?



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