Pensar hoje a Educação no sentido amplo exige-se comprometimento social envolvendo segmentos políticos, culturais e sociais. Pensar a Educação em sentido restrito exige-se participação efetiva das escolas e dos seus respectivos gestores, assim como toda a equipe escolar e comunitária.
Existe uma crença já há muito estabelecida que “Só a Educação para mudar o mundo”. Isso pesa muito nas costas dos profissionais envolvidos com o trabalho de formação da criança e do adolescente. Mudar o mundo é muito complexo, vago, fora de cogitação em tempos reais do século XXI.
Na sociedade brasileira em que vivemos hoje, democrática e conturbada , gerenciada e aberta ao mesmo tempo , os elementos constituidores (professor, alunos, coordenadores, gestores) do trabalho educativo se perdem, ou não acreditam muito no que fazem.
Essa crença historicamente construída é muito cômoda e confortável aos políticos porque de certa forma, os exime parcialmente das suas responsabilidades e joga para a escola de forma centralizadora o processo ensino-aprendizagem. O aluno aprende, conhece, interpreta, transforma e modifica significativamente o seu universo pessoal e o mundo que o rodeia conseqüentemente. Isto é muito ingênuo e muito sutil nos tempos de hoje. Mas não é o que acontece na realidade.
Precisamos focar com mais intensidade a formação profissional dos educadores que saem hoje das universidades e vão para as escolas exercer a profissão. Dai destacar a importância e função do projeto político pedagógico na questão da formação do educador enquanto buscador de uma identidade profissional e social, numa perspectiva globalizadora e integrada às áreas de conhecimento e disciplinas curriculares.
Os educandos em formação profissional precisam reconhecer que o mundo moderno, através de suas diversidades pessoais completamente heterogênicas, apresenta grandes dificuldades de efetivação do processo ensino-aprendizagem num contexto escolar, lugar onde simbolicamente representa a sala de aula, e onde ele vai atuar como mediador dessas duas realidades geográficas – educação ampla e educação restrita. Isso vem apontar alguns indicadores necessários às mudanças de posturas profissionais, que acusa muitas vezes uma prática pedagógica ultrapassada, alienada e descontextualizada da realidade presente do aluno-aprendiz.
Por isso, através dessa reflexão pode-se pensar na proposta objetiva de desenvolver projetos de trabalho como alternativa de melhorar a qualidade de ensino onde estamos inseridos e onde atuamos para uma prática transformadora, crítica e responsável. Como? De que forma?
Através de uma consciência coletiva e responsável dos professores, coordenadores, reitores, diretores e principalmente alunos e comunidades envolvidos na dinâmica escolar e universitária , discutir a proposta pedagógica e inserir projetos reais que tenham conexão com a rede das escolas-campo que irão atuar nos estágios supervisionados.
A partir dai, definir diretrizes e estratégias atribuídas aos alunos/profissionais da Educação num contexto próprio de aprendizagem gerando atividades e comprometimento de uma consciência globalizadora e significativa para todos, dada a ordem de importância dos temas, relevância e abrangência de ação.
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